sacramentos
A COM
O sacramento do Batismo
"O Batismo é o nascimento. Como a criança que nasce depende dos pais para viver, também nós dependemos da vida que Deus nos oferece. No Batismo, a Igreja reunida celebra essa experiência de sermos dependentes, filhos de Deus. Pelo Batismo, participamos da vida de Cristo. Jesus Cristo é o grande sinal de que Deus cuida de nós".
O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão.
“O Batismo é o sacramento da regeneração pela água na Palavra”.
Quando recebemos o Sacramento do Batismo, transformamo-nos de criaturas para Filhos Amados de Deus.
O profeta João Batista, primo de Jesus, que veio ao mundo para preparar os caminhos para a vinda do Messias, foi quem batizava as pessoas para a vinda de Cristo (Mc 1, 2s). Ele sabia que o seu Batismo era temporário, pois logo depois dele viria o seu primo Jesus que batizaria no Espírito Santo.
Quando o batismo é válido?
O batismo é ordinariamente válido quando o ministro (bispo, presbítero, diácono) - ou, em caso de necessidade qualquer pessoa (batizada) - derrama água sobre batizando, enquanto diz: "N..., eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Isso supõe a fé em Jesus Cristo, pois sem a fé o batismo não passa de uma encenação.
Jesus disse aos discípulos: "Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês" (Mt 28, 19-20).
O Batismo é o sacramento da comunhão de todos no Cristo.
Para que existe o Batismo?
Adão e Eva pecaram gravemente, desobedecendo a Deus, querendo ser iguais a Deus. Foram, por isso, expulsos do Paraíso. Passaram a sofrer e a morrer. Deus castigou-os e transmitiu a todos os filhos de Adão, ou seja, a todos os homens, o pecado original. Mas Deus prometeu a Adão e Eva que enviaria seu próprio Filho, segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que seria igualmente homem, para morrer na Cruz e pagar assim o pecado de Adão e Eva e todos os outros pecados.
Mas não basta que Jesus tenha morrido na Cruz. É preciso ainda que essa morte de Jesus seja aplicada sobre as almas para que elas reencontrem a amizade de Deus, ou seja, se tornem filhos de Deus e tenham apagado o pecado original. Foi então para aplicar seu Sangue derramado na Cruz sobre nossas almas que Jesus instituiu o Sacramento do Batismo.
Quando foi que Jesus instituiu o Batismo?
Jesus instituiu o Batismo logo no início da sua pregação, quando entrou no rio Jordão para ser batizado por São João Batista. O Batismo de João não era um Sacramento. Só quando Jesus santifica as águas do Jordão com sua presença e que a voz do Pai se faz ouvir: "Este é meu Filho bem amado, em quem pus minhas complacências", e que o Espírito Santo aparece sob a forma de uma pomba (foi então uma visão da Santíssima Trindade), é que fica instituído o Batismo.
Essa instituição será confirmada por Jesus quando Ele diz a seus Apóstolos: "Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo."
Matéria e Forma
Jesus instituiu, então, o Batismo e determinou que seria usada a água como matéria desse Sacramento. Foi também Jesus quem determinou a forma: "Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém." O rito da Batismo consiste assim em derramar água na cabeça da pessoa que vai ser batizada, ao mesmo tempo em que se diz a forma. Mas só isso não basta. É preciso ainda que o ministro tenha a intenção de fazer o que faz a Igreja Católica no Sacramento do Batismo.
A Santa Igreja acrescentou também diversas orações preparatórias que completam a cerimônia. Quem já assistiu a um Batismo sabe que o Padre usa o sal bento, o óleo dos catecúmenos, o Santo Crisma, entrega a vela acesa aos padrinhos, veste a roupa branca no batizado e, principalmente, para que o pai da mentira nem se aproxime do batizado.
O Ministro do Batismo
O ministro do Batismo é o Padre. É ele quem recebeu de Deus o poder de trazer a Fé ao coração da pessoa batizada, tornando-a filha de Deus. Mas pode acontecer que seja preciso batizar às pressas alguém. Se não houver um Padre por perto, qualquer pessoa pode batizar, desde que queira fazer o que a Igreja Católica faz no Batismo, que use água e diga as palavras da forma do Batismo.
Além da pessoa que está sendo batizada, do ministro que batiza, há também, na cerimônia do Batismo, os padrinhos, que seguram a criança. Normalmente escolhe-se para padrinhos um homem e uma mulher. Eles devem ser bons católicos, pois a função dos padrinhos é dar o exemplo, ajudar aos afilhados a aprender o Catecismo, a rezar, a conhecer e amar a Deus. São os padrinhos que respondem no nosso lugar as perguntas que o ministro faz durante a cerimônia.
Os efeitos do Batismo
O Batismo nos dá, pela primeira vez, a graça santificante, que é a amizade e a presença de Deus no nosso coração. Junto com a graça recebemos o dom da Fé, da Esperança e da Caridade, assim como todas as demais virtudes, que devemos procurar proteger no nosso coração. Apaga o pecado original. Apaga os pecados atuais e todas as penas ligadas aos pecados. Imprime na nossa alma o caráter de cristão, fazendo de nós, filhos de Deus, membros da Santa Igreja Católica e herdeiros do Paraíso. Nos torna capazes de receber os outros Sacramentos.
BATISMO
ACUSAÇÃO: O batismo dos católicos não é válido! Só os adultos que crêem podem receber validamente o batismo, que só vale por imersão!
RESPOSTA: Onde estão as provas bíblicas para esta afirmação? Não existem!
a) Alguns "crentes" afirmam que Jesus foi batizado no rio Jordão por imersão. Mas, os Evangelhos não falam disso! Pode ter sido batizado como o apresentam antigas estampas: ficando com os pés no rio, enquanto S.João lhe derramava a água, com a mão, na cabeça. Na verdade, o modo de molhar o corpo com a água não tem importância! Senão seria prescrito!
b) Outros afirmam que "baptizare", em grego, significa "imergir na água", logo... os biblistas, porém, documentam que em várias passagens da Bíblia esta palavra significa, igualmente, "lavar" ou "molhar" na água as mãos, os dedos, os pés etc. São Paulo usa esta palavra em 1Cor 10,2: "Todos (os Israelitas) foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar". (como símbolo do batismo cristão). Sabemos, porém, que este batismo não aconteceu por imersão pois os Israelitas, junto com todas as crianças, passaram o Mar Vermelho a pé enxuto, tocando apenas a areia úmida do mar. Os que foram imersos - os soldados egípcios - pereceram! (Ex 14,19-20).
c) Alguns textos bíblicos indicam o batismo feito por imposição. Em At 8,36-38 lemos sobre o batismo do eunuco etíope, feito pelo diácono Felipe, no caminho entre Jesusalém e Gaza, onde não existe nenhum rio ou lagoa, em que seria possível batizá-lo por imersão. Há apenas pequenas nascentes.
At 9,18-19 relata o batismo de Saulo convertido numa casa de Damasco. Não havia piscina e nem tempo para batismo por imsersão; pois, lemos: "Imediatemente lhe caíram dos olhos como escamas, e recuperou a vista. Levantando-se, foi batizado, e tomando alimento, recuperou a forças".
Igualmente em Filipos (At 16,33) S.Paulo batizou o carcereiro convertido: "Naquela hora da noite (o carcereiro) lavou-lhe as chagas e imediatamente foi batizado ele e toda a sua família". E nos cárceres romanos não havia piscinas!
d) Como no caso acima, assim também na acasião do batismo de Lídia e de Estéfanas, S.Paulo menciona que Lídia recebeu o batismo "com todos os de sua casa"; (At 16,14-15) e "batizei a família de Estéfanas" (1Cor 1,16), onde, certamente, não faltavam crianças pequenas.
O próprio Jesus afirma a Nicodemos: "Em verdade, em verdade te digo, que quem não renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no Reino de Deus". Para os primeiros cristãos esta regra valia igualmente para as crianças. Por isso Santo Ireneu (que viveu entre 140 a 204) escreveu: "Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens e os velhos". (Adv. Haer. livro 2).
Orígenes (185-255) escreve: "A Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar batismo também aos recém-nascidos". (Epist. ad Rom. Livro 5,9). E S. Cipriano em 258 escreve: "Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças". (Carta a Fido).
e) Na "Nova e Eterna Aliança" o batismo substituiu a circunscisão da "Antiga Aliança", como rito de entrada para o povo escolhido de Deus. Ora, se o próprio Deus ordenou Abrãao circuncidar os meninos já no 8º dia depois do nascimento, sem exigir deles uma fé adulta e livre escolha, então não seria lógico recusar o batismo às crianças dos pais cristãos, por causa de tais exigências.
Por isso a Igreja Católica recomenda batizar as crianças dentro do primeiro mês, após o nascimento.
Mesmo que as seitas não dêem valor à Tradição Apostólica, cada homem honesto reconhece que os cristãos dos primeiros séculos conheciam muito bem e observavam zelosamente a doutrina e práticas religiosas recebidas dos Apóstolos.
Por que Batizar as crianças?
Quase todas as igrejas protestantes não batizam as crianças porque, dizem eles, é contrário à Bíblia. Além disso (continuam os mesmos), para ser batizado é preciso se arrepender dos pecados, e as crianças não têm condições de se arrepender.
Doutrina Católica
Batizar as crianças é conforme a Bíblia, de fato.
a) O Batismo nos honra Filhos de Deus herdeiros do céu: “Quem crer e for batizado, será salvo”; “Quem não renasce da água e do Espírito Santo, não pode entrar no reino dos Céus” (Jô 3,5). As crianças também têm direito de tornar-se filhos de Deus! Quem pode tirar este direito às crianças?
b) As crianças recém-nascidas não tem nenhum pecado atual, por isso não é preciso nenhum arrependimento para serem batizadas. O arrependimento só é necessário para os adultos, capazes de pecar.
c) Jesus disse: Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19; Mc 16,16). Jesus diz: batizai todas as gentes. Será que para os protestantes criança não é gente?
d) As crianças são batizadas na fé dos pais. Os pais é que devem desenvolver a fé dos seus filhos que foram batizados, educando-os nessa fé.
Batizar as crianças é conforme a Bíblia e a Tradição
Nos Atos dos Apóstolos se lê que estes batizavam famílias inteiras. Ora, nas famílias há sempre crianças:
a) “Então, naquela mesma hora da noite, ele cuidou deles e lavou-lhes as chagas. Imediatamente foi batizado, ele e toda a sua família” (At 16, 32-33) – As crianças também fazem parte da família.
b) Lídia, vendedora de púrpura, “foi batizada juntamente com toda sua família” (At 16, 14-15)
c) Batizei também a família de Estéfanas” (1 Cor, 16).
Nessas três vezes em que os apóstolos batizaram, eles o fizeram por infusão e não por imersão, pois não havia nem rios nem riachos, estavam em casa ou no cárcere.
Desde os tempos dos Apóstolos de batizavam crianças
a) S. Irineu (140-205) diz: “Jesus veio salvar todos os que através dele nasceram de novo de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens e os velhos.”
b) Orígenes (185-255): “A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de dar o Batismo também aos recém-nascidos”.
c) S. Cipriano (258): “Do Batismo e da graça não devemos afastar as crianças”.
d) Em relação ao Batismo das crianças, S. Agostinho diz: “Isto a Igreja sempre teve, sempre tem conservado e conservará até o fim”.
O Nascimento da Graça
Nosso Senhor instituiu o sacramento do batismo através da ordem consolidada aos apóstolos. O batismo é essencial para a vida cristã, a missão de ser um irmão de fé na vida das outras pessoas e uma indicação do rumo a tomar para a salvação:
“Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mateus 28,19) A Santíssima Trindade está presente no batismo, e assim, o filho de Deus após ser batizado se transforma em templo da Trindade Santa.
“Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.” (Marcos 16,16)
Nosso Salvador afirma que sem batismo não há salvação, e que, este batismo é de suma importância para a fé. O batismo é a essência da fé que nasce junto com a impressão que o batismo traz, como se Deus marcasse seus filhos: és meu!
E como o próprio Messias disse:
“Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus.” (João 3,5)
Deixa-se evidente que o batismo é o nascimento da graça, um sacramento que é essencial para a salvação de todos os homens. Somos batizados. Batizados com o fogo do Espírito Santo. Nascidos da água do Espírito. Marcados com o selo do Pai. E lavados pelo sangue de Cristo.
O Batismo de Crianças
“Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mateus 28,19)
Desde as crianças também vão povos, gentes, pessoas, criaturas e filhos de Deus, essas crianças podem, devem e precisam ser batizadas. Segundo O Catecismo:
“Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para a qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de tomar-se filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento.” 1250
“Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”. (Marcos 16,16)
Há possibilidade de salvação para todo aquele que crer e for batizado. Ninguém entra no céu sem batismo, mesmo que este batismo venha no purgatório, mas isto é assunto para um outro artigo. Os pais não podem deixar a criança sem batismo porque são responsáveis pela fé e justiça que os filhos caminharão. O Catecismo afirma:
“Os pais cristãos hão de reconhecer que esta prática corresponde também à sua função de alimentar a vida que Deus confiou a eles.” 1251
“Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus.” (João 3,5)
Nosso Senhor consolida mais uma vez que, o batismo é a marca do cristão, o banho da graça para lavar os pecados e uma espécie de carimbo no passaporte para a salvação. Sem o batismo o caminho fica desconhecido e inerte. O Catecismo ressalta que:
“A prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando "casas" inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado as crianças.” 1252
Nosso Senhor Jesus Cristo disse para não impedir as crianças de irem a Ele:
“Apresentaram-lhe então crianças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam. Vendo-o, Jesus indignou-se e disse-lhes: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham”. Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará.” (Marcos 10, 13-15)
Mas, ninguém pode ir a Cristo sem batismo.
A Santa Igreja Católica recebe os filhos de Deus Pai desde crianças e não impede ninguém de ir até o encontro com A Santíssima Trindade no batismo.
“Neste momento os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus? Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe.” (Mateus 18, 1-5)
As crianças recebem o Reino dos Céus. E Nosso Senhor confirma que, é preciso receber as crianças em nome da Santíssima Trindade.
“Os cegos e os coxos vieram a ele no templo e ele os curou, com grande indignação dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas que assistiam a seus milagres e ouviam os meninos gritar no templo: Hosana ao filho de Davi! Disseram-lhe eles: Ouves o que dizem eles? Perfeitamente, respondeu-lhes Jesus. Nunca lestes estas palavras: Da boca dos meninos e das crianças de peito tirastes o vosso louvor” (Sl 8,3)? (Mateus 21, 14-16)
Desde criança os filhos de Deus louvam e como crianças glorificam O Pai. Deus, é Deus dos homens desde criança. As crianças são filhos de Deus.
“Trouxeram-lhe também criancinhas, para que ele as tocasse. Vendo isto, os discípulos as repreendiam. Jesus, porém, chamou-as e disse: Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará.” (Lucas 18, 15-17)
Nosso Senhor ama as crianças, agradece ao Pai pelas crianças, deixa para os homens o exemplo das crianças, afirma que o Reino dos Céus pertence às crianças e ordena: não proíbam que as crianças venham a mim.
“Desde os tempos mais antigos, o Batismo é administrado às crianças, pois é uma graça e um dom de Deus que não supõe méritos humanos; as crianças são batizadas na fé da Igreja. A entrada na vida cristã dá acesso à verdadeira liberdade.” 1282
Digamos que, uma pessoa que não acredita no batismo de crianças tenha um filho e, esperará que este filho complete 18 anos para fazer a sua “escolha” e ser batizado. Mas como não sabemos o dia de amanhã (Mt 24, 36), suponhamos que este filho morra por alguma doença aos 17 anos e sem batismo (Mt 28, 19). E agora? Quem poderia afirmar que esta criança de 17 anos, morta, sem batismo, pode ser salva? (Mc 16, 16). Quem é você para garantir sua própria salvação? Nem o maior dos apóstolos garantia a dele (1Cor 9, 27). E você pode garantir a salvação de alguém sem batismo, uma pessoa que só Deus conhece os pensamentos e o coração. E somente Deus conhece. Deus lhe confiou um dos filhos do Espírito Santo e você terá que prestar contas disso (Hb 13, 17). O batismo de crianças não é somente uma obrigação da nossa fé, mas a vontade do Pai Eterno para a salvação e um mapa do caminho que conduz para a vida.
A Bíblia deixa explicito o batismo de crianças como tradição da Igreja primitiva desde os apóstolos que batizavam famílias inteiras At 2, 37-41; At 16, 11-15; At 16, 16-40; 1Cor 1, 16. Desde que A Palavra diz sempre em filhos, em os seus, em toda sua família, em toda a sua família, deixa-se evidente que, logo, está se tratando de épocas passadas em que as famílias tinham muitos filhos e, é impossível que não houvesse crianças entre estas famílias e se todos foram batizados, como diz A Bíblia, então, as crianças também receberam o batismo.
Em Adão todos os homens pecaram, Rm 3, 23-24; Rm 5, 12-19; Rm 6, 4-5; Cl 2, 1-2; e em Cristo todos foram batizados, sepultados para o pecado e nascidos para a graça. Será que a graça não pode acontecer quando criança? Sim, a graça de Deus é para as crianças. Uma vez que se recebe a vida em Cristo, pelo batismo, este batismo lava os pecados, At 22, 1-21. E , por que lavar os pecados das crianças? Lembre-se do exemplo do jovem que morreu sem batismo. E pense, pense neste pequeno trecho; Sl 22, 10-11.
O batismo substituiu a circuncisação. É através do rito do batismo que um ser humano se torna filho de Deus, o batismo abre o caminho para a salvação. Assim como a circuncisação era o pacto da aliança com Deus. Igualmente, uma pessoa era considerada em comunhão com Deus através da circuncisação. E os batizados são aqueles que têm o Espírito Santo de Deus, participam da comunhão do cristianismo e têm as portas abertas para a salvação. E se o batismo e a circuncisação têm tanto em comum, logo, o batismo de crianças é absolutamente certo, porque as crianças eram circuncidadas: Gn 17, 12-14.
As crianças eram circuncidadas com 8 dias de vida, por ordem e vontade de Deus, Lc 1, 57-66; Lc 2, 21, que fez a partir da circuncisação a Aliança. E quem não era circuncidado estava fora da tenda do Senhor (igual o batismo para a salvação), Gn 21, 4.
Ora, se no batismo e na circuncisação há tantos pontos em comum: ritos, fatos, costumes, não pode ser errado batizar crianças, mas sim, plenamente correto, Cl 2,10-11, por ordem e graça de Deus.
Para concluir este tópico deixaremos esta reflexão sobre a essência do batismo de criança demonstrada pelo Padre Léo, da comunidade Bethania:
Um dia, uma certa senhora disse ao Padre Léo que ela não achava certo batizar criança, pois não sabemos se é isso que a criança quer. Então o padre respondeu: eu também acho errado, acho errado colocar nome, dar comida, dar banho, trocar fralda, você não sabe se a criança quer. Daí a mulher disse, ao padre que isso são coisas essenciais. E o padre respondeu, e fazer seu filho templo do Espírito Santo não é essencial?
O Rebatismo
“Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos.” (Efésios 4, 4-6)
A farsa do rebatismo é desfeita por três simples refutações bíblicas; primeiro: só há um batismo (Ef 4, 5), em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, (Mt 28, 18). Quem já foi batizado uma vez, desde que seja validamente, não precisa de outro batismo, não há prova bíblica para isto, Deus permanece no seu amor infinito por mais pecado que a pessoa tenha. Quem crer e for batizado será salvo (Mc 16,16), Nosso Senhor disse: e for batizado. Ele não disse, e não for rebatizado.
Segundo: uma falsa união protestante é negada, porque se uma pessoa participa de uma denominação e muda para outra, ela é obrigada a se rebatizar (ou se batizar de novo). Se eles fossem “irmãos” como pregam, não precisariam que um falso batismo fosse obrigatório, brincando com o Espírito Santo, cometendo heresias, cada vez que uma pessoa que já se batizou é rebatizada. Prova disto é que, batizados em religiões reformistas, validamente, não precisam ser batizados de novo quando se convertem A Igreja Católica, mas todo ex -católico (que nunca conheceu A Igreja e não ama a Deus) é OBRIGADO a se batizar de novo (rebatismo). Na Santa Igreja não existe rebatismo ou batismo de conversão, como alguns chamam, pois este batismo foi eliminado por Cristo (Mc 1, 6-8).
Terceiro: um conceito errante de que, quando a pessoa tiver 18 anos de idade escolhe se quer ser batizado ou não. Falso por que: a criança é obrigada a congregar antes dos 18 anos e em 99% dos casos gera uma rivalidade sem fim se quando a pessoa fizer 18 anos não escolher a mesma denominação dos pais, além de existir um falso conceito de livre arbítrio, também há prova definitiva do falso conceito de comunhão protestante, porque se fossem unidos, não haveria tal rivalidade. Conheço muitas pessoas que circularam por 3, 4, 5 assembléias reformistas (as maiores do Brasil) e foram obrigados a se rebatizar de novo em cada uma delas nos últimos 10 anos. Isso é união? Se nem o batismo é uniforme. E mesmo se hoje exista uniformidade, é mais contraditório ainda porque, se isto mudou em 5 anos, como dá para acreditar que tudo o que eles dizem vai ser a mesma coisa daqui mais 5 anos?
Rebatizar a cada vez que se muda de posição religiosa é, um crime contra A Bíblia, uma blasfêmia contra o sacramento do batismo e sobretudo uma heresia contra o Espírito Santo. Quem prega o rebatismo prega que, o batismo anterior não foi valido, sem fundamento bíblico e sobretudo dizendo que um filho de Deus não possui o Espírito Santo, reflita sobre (At 10, 34-35).
Ninguém, absolutamente ninguém pode afirmar que outra pessoa não tem o Espírito Santo ou que outra pessoa não é filho de Deus, mas aqueles que pregam o rebatismo ou o batismo de conversão, pregam isto deliberadamente, como se somente pelo batismo daquela religião o Espírito Santo habitasse a pessoa e através daí ela se tornasse filho de Deus.
A Santa Igreja considera válido, o batismo concedido nas seguintes igrejas: Igrejas Orientais Separadas (Ortodoxas) que não estão em comunhão plena com A Igreja; Igreja Apostólica, Igreja Episcopal do Brasil (Anglicanos); Igreja de Confissão Luterana no Brasil; Igreja Evangélica Luterana do Brasil; Igreja Metodista do Brasil.
Se algum membro dessas igrejas quer transformar-se em Católico não pode ser batizado de novo. O batismo administrado por essas igrejas é válido tal qual na Igreja Católica, pois eles são também cristãos, e não podem ser rebatizados nem sob condição. O mesmo vale para as seguintes igrejas: Presbiterianas; Batistas; Adventistas; Congregacionistas; Pentecostais (Assembléia de Deus; Congregação Cristã do Brasil; Igreja do Evangelho Quadrangular; Igreja Deus é Amor; Igreja Evangélica Pentecostal).
Existem igrejas das quais o batismo é duvidoso, por estas razão pode-se batizar, sob condição, ou seja, se por acaso não houve no batismo anterior a unção da Santíssima Trindade, essas igrejas são: Igreja Pentecostal Unida do Brasil (batiza em nome do Senhor e não na Santíssima Trindade); Igrejas Brasileiras (embora não se duvide do rito pode-se e deve-se duvidar da intenção dos seus ministros); Mórmons (negam a divindade de Cristo no seu maior sentido).
Com certeza batizam invalidamente, e A Igreja não aceita o batismo, portanto deve ser batizado como Católico: Testemunhas de Jeová (não acreditam na Santíssima Trindade); Ciência Cristã (ritos duvidosos sob o nome de batismo e que podem ser comparados ao Umbanda). Deve-se sempre explicar o porque, para a pessoa, criança ou adulto, porque deve ser batizado como Católico ou se não necessita do batismo, desde que já tenha sido batizado validamente.
O Sacramento Autentico
“Continuaram a perguntar-lhe: Como, pois, batizas, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? João respondeu: Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou digno de lhe desatar a correia do calçado.” (João 1, 25-27)
O batismo de João, era uma forma de arrependimento, de conversão, este batismo foi extinto assim que o Messias iniciou suas obras.
“Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mateus 28,19)
Nosso Senhor nos apresenta o verdadeiro batismo da fé cristã, no qual, toda a Trindade Santa está presente.
“Ora, como o povo estivesse na expectativa, e como todos perguntassem em seus corações se talvez João fosse o Cristo, ele tomou a palavra, dizendo a todos: Eu vos batizo na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo.” (Lucas 3, 15-16)
O batismo de João, veio como um anunciador do Anuncio Divino. E quando a Boa Nova chegou, se estabeleceu um batismo autêntico.
“Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.” (Marcos 16,16)
O Catecismo nos orienta sobre a verdadeira forma de ser batizado, sobre a prescrição do rito e a essência do fundamento cristão:
“O rito essencial do Batismo consiste em mergulhar na água o candidato ou em derramar água sobre sua cabeça, pronunciando a invocação da Santíssima Trindade, isto é, do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” 1278
E este batismo autêntico é essencial para a fé e de suma importância para a salvação. Desde que, o maior batiza uma vez, com um batismo maior:
“João andava vestido de pêlo de camelo e trazia um cinto de couro em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. Ele pôs-se a proclamar: ‘Depois de mim vem outro mais poderoso do que eu, ante o qual não sou digno de me prostrar para desatar-lhe a correia do calçado. Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo’.” (Marcos 1,6-8)
A água viva, o fogo abrasador, o Espírito Santo são sinais do batismo na Santíssima Trindade:
“Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus.” (João 3,5)
O Catecismo nos indica que o batismo da Trindade Santa é eterno e único:
“O Batismo imprime na alma um sinal espiritual indelével, o caráter, que consagra o batizado ao culto da religião cristã. Em razão do caráter, o Batismo não pode ser reiterado.” 1280
O batismo de João passou. O batismo de Nosso Senhor é eterno e único.
“Eu vos batizo com água, em sinal de penitência, mas aquele que virá depois de mim é mais poderoso do que eu e nem sou digno de carregar seus calçados. Ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo.” (Mateus 3,11)
A impressão do batismo de Nosso Senhor fica clara ao se revelar que não muda seu caráter de sinal verdadeiro e que todo cristão têm esse direito.
“Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as províncias superiores e chegou a Éfeso, onde achou alguns discípulos e indagou deles: Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé? Responderam-lhe: Não, nem sequer ouvimos dizer que há um Espírito Santo! Então em que batismo fostes batizados?, Perguntou Paulo. Disseram: No batismo de João. Paulo então replicou: João só dava um batismo de penitência, dizendo ao povo que cresse naquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus. Ouvindo isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus.”(Atos 19, 1-5)
Nesta ocasião, os discípulos não foram rebatizados, pois eles tinham sido batizados pelo batismo que passou, o batismo de conversão, então tiveram que ser batizados com o batismo autêntico e verdadeiro que é eterno e único (não passa e não muda) em nome da Santíssima Trindade, aquele pelo qual não se pode rebatizar, como já vimos, é concedido para as crianças, como aprendemos, e faz com que os filhos de Deus sejam seus templos, suas moradas e nós nos refugiamos, abrigados no amor de Deus.
Vinde a mim as criancinhas
"Trouxeram-lhe também criancinhas, para que ele as tocasse. Vendo isto, os discípulos as repreendiam. Jesus, porém, chamou-as e disse: Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará." (Lucas 18,15-17)
UNHÃO
B) Os sacerdotes Católicos recebem no Sacramento da Ordem, o sacerdócio ministerial, (realmente distinto do sacerdócio comum dos fiéis, recebido no batismo), pelo qual realizam na Santa Missa o duplo efeito: 1º - celebram a última Ceia de Jesus; 2º - (Dentro desta comemoração, fazem o que Jesus fez nela antecipadamente): tornam, presente (aqui e agora) o sacrifício de Jesus na Cruz, consumado pela separação do sangue esgotejado do corpo, simbolizando pela consagração separada de pão e de vinho. É isto que Jesus ordenou aos Apóstolos e seus legítimos sucessores no sacerdócio, com as palavras: "Fazei isto em memória de Mim!" (Lc 22,19).
Este sacrifício de Jesus na cruz, perpetuado em cada Santa Missa (que falta aos protestantes) - sendo a principal fonte de todas as graças - é de máxima importância. Por isso todos os católicos têm a grave obrigação, pelo 1º Mandamento da Lei da Igreja, de participar da Missa inteira nos Domingos e festas de guarda (quando há possibilidade).
C) As provas bíblicas sobre a real presença de Jesus na Eucaristia são as seguintes:
Os Evangelhos foram escritos na língua grega, de alta cultura, em que existem muitas expressões para os verbos "simbolizar, significar, representar, lembrar, etc." No entanto, os três Evangelistas e S.Paulo, ao descreverem a Última Ceia de Jesus, usam exclusivamente a palavra "é": "Isto é o meu Corpo; este é o cálice do meu sangue" (Mt 26,26s; Mc 14,22s; Lc 22,19s; ICor 11,23s).
Jesus falava ao povo simples, com palavras claras e compreensíveis. Quando usava comparações, p. ex.: "Vós sois o sal da terra; vós sois a liz do mundo"; - ninguém reclamava, e não esperava ver os Apóstolos transformados em imagens de sal ou de luz. Quando, porém, Jesus lhes disse: "Este é o pão que desceu do céu, se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu vos darei é a minha carne (imolada) pela vida do mundo" (Jo 6,50-51). Até muitos discípulos seus o entenderam assim verbalmente, e por isso murmuravam e se retiraram dizendo: "É dura tal linguagem; quem pode escutá-la? (Jo 6,60-66). Mas Jesus não se retrata, para os recuperar. Pelo contrário, pergunta aos doze Apóstolos: "Também vós quereis partir?" E então Simão Pedro dá a bela resposta da fé, em nome dos Apóstolos e de todos os fiéis católicos: "Para quem iremos nós, Senhor? Tu tens as palavras da vida eterna, e nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus" (Jo 6,67-71). Porém, somente na Última ceia foi lhes revelada a maneira de alimentar-se com o Corpo e o Sangue de Jesus, velado sob as espécies de pão e vinho consagrados.
Outra prova bíblica sobre a verdadeira presença de Jesus na Eucaristia, são as admoestações de S.Paulo aos Coríntios: "E por isso, todo aquele que comer o pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, torna-se culpado do corpo e do sangue do Senhor... Pois quem come e bebe sem fazer distinção de tal corpo, come e bebe a própria condenação" (I Cor 11,27-29).
A Comunhão sob uma ou duas espécies não constitui essencial diferença já que em cada pedacinho de pão e em cada gota de vinho consagrados recebemos Jesus inteiro, vivo e ressuscitado; como consta claramente de suas palavras (Jo 6,51-56): "Eu sou o pão vivo que desceu do céu... e o pão que Eu hei de dar é a minha carne... Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em Mim e Eu nele". Claro, não é um pouquinho de carne ou sangue que recebemos na santa Comunhão, mas o "EU" de Jesus: a Pessoa do Filho de Deus Encarnado - nosso Salvador.
Por isso os primeiros cristãos costumavam levar aos encarcerados pela fé, somente o pão consagrado; e aos doentes que não conseguem engolir um pedacinho da hóstia consagrada, a Igreja recomenda administrar algumas gotas do vinho consagrado. E em grupos, menores e bem preparados, pode-se administrar a Santa Comunhão sob as duas espécies. O que mais importa é a viva fé, humildade e piedade diante deste Santíssimo Sacramento de Amor! Daí, o 3º Mandamento da Lei da Igreja nos obriga: Comungar ao menos uma vez por ano, pela Páscoa da Ressurreição; e recomenda fazê-lo em cada santa Missa!
Que pena que pela falta de fé no poder e no amor infinitos de Jesus, tantos "crentes" se afastaram desta "árvore da vida", presente entre nós até ao fim do mundo, - na Eucaristia; apesar de suas palavras claras: "Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós" (Jo 6,53).
O SACRAMENTO DA CRISMA
1) O que é o Sacramento da Crisma?
Nascidos para a vida da graça pelo Batismo, é pelo Sacramento da Crisma que recebemos a maturidade da vida espiritual. Ou seja, somos fortalecidos pelo Divino Espírito Santo, que nos torna capazes de defender a nossa Fé, de vencer as tentações, de procurarmos a santidade com todas as forças da alma.Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça.
Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça.
2) Matéria e Forma
A matéria do Sacramento da Crisma é o Santo Crisma, o óleo da oliveira (azeite), misturado com um bálsamo perfumado e abençoado solenemente pelo Bispo na Quinta-feira Santa. Essa matéria é usada pelo Bispo na cerimônia da Crisma, junto com a imposição da mão sobre a cabeça, quando o ministro traça o Sinal da Cruz com o Santo Crisma na fronte do crismando, dizendo as palavras da Forma.
A Forma do Sacramento da Crisma é: Eu te marco com o Sinal da Cruz e te confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Após realizar este gesto, o Bispo dá um leve tapa no rosto da pessoa, para significar que ela é soldado de Cristo, tendo o dever de suportar pacientemente, em nome de Jesus, toda sorte de sofrimentos e de injúrias, defender a Fé quando atacada e conhecer a doutrina.
3) Ministro da Crisma
O ministro do Sacramento da Crisma é o Bispo, pois é o pai de todos os fiéis, aquele que lhes confere a maturidade da vida da graça. Em caso de perigo de morte, um simples Padre deve crismar, pois é importante entrarmos no Céu com todas as capacidades de amor a Deus.
A Crisma não é absolutamente necessária para a salvação (uma pessoa não crismada pode ir para o Céu), mas é muito importante receber a Crisma desde cedo: só com a Crisma teremos no Céu a proximidade de Deus e a intensidade de amor que Ele quer nos dar. Além disso, só com a Crisma teremos todas as forças necessárias para vencer as tentações e caminharmos firmemente no caminho da perfeição. De modo que seria grave negligência dos pais se não preparassem seus filhos para receber este Sacramento da perfeição cristã.
4) Instituição da Crisma
Como sabemos que Jesus Cristo instituiu este Sacramento, se não aparece este fato no Evangelho?
Sabemos que verdadeiramente Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Crisma porque os Apóstolos administraram este Sacramento, como aparece nos Atos dos Apóstolos (Atos, 8, 14) e porque a Igreja sempre ensinou esta verdade. Vejam o que já ensinava S. Cripriano, Bispo martirizado no ano 258: “Os batizados serão conduzidos aos Bispos, a fim de, por sua oração e imposição das mãos, receberem o Espírito Santo, e pelo selo do Senhor, serem perfeitos.”
5) Quais são as graças que recebemos pelo Sacramento da Crisma?
Aumento da graça santificante.
Recebemos de modo novo e especial o Divino Espírito Santo, com seus sete dons sagrados.
Imprime o caráter de Soldados de Cristo.
A crisma, como o Batismo e a Ordem, imprime caráter, ou seja, marca de modo indelével nossa alma, de modo que nunca mais perdemos a marca de crismados. Por essa razão não podemos receber a Crisma mais de uma vez, como também o Batismo e a Ordem.
6) Quais são os sete dons do Espírito Santo que recebemos de modo especial na Crisma?
São eles:
1 – Temor de Deus
2 – Piedade
3 – Fortaleza
4 – Conselho
5 – Ciência
6 – Inteligência
7 – Sabedoria
Mais tarde, no estudo das Virtudes, vamos estudar cada um deles em particular. Por enquanto basta sabermos seus nomes.
7) Por que existem padrinhos para a Crisma?
Porque, como no caso do Batismo, é bom termos pais espirituais que nos apresentem à Igreja nesta ocasião tão importante, nos aconselhem nas lutas da vida, e rezem por nós. Por isso os padrinhos da Crisma devem ser bons católicos, terem sido crismados, tendo já idade suficiente para aconselhar seus afilhados.
Para terminar, devemos considerar que a Crisma é o Sacramento que aumenta o Amor de Deus em nosso corações. Aos sairmos da cerimônia da Crisma, como soldados de Cristo, temos nossos corações dilatados, abertos para muitas novas graças, capazes de amar a Deus com muito mais forças. É a ação do Divino Espírito Santo que realiza isso em nós.
Devemos estar atentos em deixá-Lo agir em nós, pois Ele vai nos guiar pelos difíceis caminhos da vida, vai nos encher o coração com muitas alegrias espirituais, com o gosto pela oração, com as forças para vencer as tentações. Só assim poderemos estar cada dia mais próximos do Coração de Nosso Senhor, para servi-Lo e amá-Lo para sempre.
Escolhida por votação
Crisma é uma palavra grega que significa: óleo de ungir. A palavra Confirmação tem aqui o significado de fortalecimento, pois deve tornar o cristão “forte e robusto” no espírito.
Ungir é esfregar o óleo do Crisma na fronte do crismando em forma de cruz. Esse óleo usado na cerimônia de Crisma é consagrado na Missa da Quinta-Feira Santa.
Três coisas são necessárias na administração da Crisma:
A imposição das mãos sobre a cabeça do crismando;
A unção com o óleo do Crisma na fronte do crismando;
As palavras que o Bispo diz: Recebe por este sinal os Dons do Espírito Santo, ao que o crismando responde: Amém.
Normalmente é o Bispo que ministra o sacramento da Crisma, porém ele pode delegar esse poder a um sacerdote em sua ausência.
Na celebração o Bispo faz essa Oração pedindo os Dons do Espírito Santo: “ Deus Todo Poderoso que, pela água e pelo Espírito Santo, fizeste renascer estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviando-lhes o Espírito Santo: dai-lhes, Senhor, o Espírito de Sabedoria e Inteligência, o Espírito de Conselho e Fortaleza, o Espírito de Ciência e Piedade, e enchei-os do Espírito do vosso Temor.”
O Sacramento da Crisma deve provocar no crismando aquilo que o Espírito Santo provocou naqueles que estavam no cenáculo no dia de Pentecostes. Atos dos Apóstolos 2, 1-47.
Para que recebemos o Sacramento da Crisma? Comumente dizemos que a Crisma nos faz soldados de Cristo, que confirma o Batismo, Sacramento do adulto, da responsabilidade. Uma só coisa a Igreja nos garante sobre este sacramento: “Crisma nos concede o Espírito Santo”.
Olhando para a Bíblia, descobrimos que o Espírito Santo tem duas funções:
1º) o de dar a vida através do Batismo.
2º) e o de levar a vida até sua perfeição (santidade) = Crisma.
A confirmação nos dá, pois, o Espírito Santo para levarmos até a perfeição o que recebemos no Batismo. Chegar à perfeição segundo a vontade do Pai.
Talvez possamos dizer que o Batismo constitui mais o aspecto estático ao passo que a Crisma expressa mais o aspecto dinâmico, evolutivo da vida cristã. Uma coisa é ser cristão simplesmente, outra é chegar a plenitude de santidade. Evoluir, é tomar novo impulso, crescer constantemente na vida iniciada no Batismo.
Não podemos permanecer semente; é preciso que a semente germine, cresça e dê frutos em abundância. (At 8, 14 - 19 – At 2, 1-47)
Missão do crismando
Ser bom fermento que leveda a massa.
Fomentar a caridade fraterna.
Comunicar aos outros o amor de Cristo que está nele.
Mostrar, com palavras e com atos, sua maturidade cristã e o desejo de sempre crescer até atingir a plenitude de Cristo.
Crisma não é um sacramento a mais, é o sacramento que faz o autêntico cristão.
Ser cristão é comprometer-se com o Evangelho e ser coerente aos compromissos assumidos em relação a ele.